domingo, 20 de setembro de 2009

STJ adota Princípio da Insignificância nos Crimes Contra a Administração Pública

Selva!


Em 9 de Agosto publiquei um comentário numa questão do CESPE para demonstrar o entendimento divergente entre STF e STJ no que diz respeito a Aplicação do Principio da Insignificancia nos Crimes Contra a Administração Publica. Naquele momento, justifiquei com base em julgados deste ano que o STJ entendia não ser cabível tal principio.

Ocorre que hoje ao ler o informativo 406 do STJ, o Tribunal resolveu aderir ao entendimento do STF para dar maior efetividade a lei 11.672/2008 - Recursos Repetitivos no STJ.

Iremos abaixo Colocar o trecho colocado na publicação do períodico do STJ:

REPETITIVO. DESCAMINHO. PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA.

A Seção, ao julgar o recurso repetitivo (art. 543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ), entendeu que, em atenção à jurisprudência predominante no STF, deve-se aplicar o princípio da insignificância ao crime de descaminho quando os delitos tributários não ultrapassem o limite de R$ 10 mil, adotando-se o disposto no art. 20 da Lei n. 10.522/2002. O Min. Relator entendeu ser aplicável o valor de até R$ 100,00 para a invocação da insignificância, como excludente de tipicidade penal, pois somente nesta hipótese haveria extinção do crédito e, consequentemente, desinteresse definitivo na cobrança da dívida pela Administração Fazendária (art. 18, § 1º, da referida lei), mas ressaltou seu posicionamento e curvou-se a orientação do Pretório Excelso no intuito de conferir efetividade aos fins propostos pela Lei n. 11.672/2008. REsp 1.112.748-TO, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 9/9/2009.

(Original sem grifos)

Fiquemos atualizados e aguardando uma próxima questão que certamente abordará o tema.

abraço a todos e bons estudos.

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